sexta-feira, 25 de maio de 2007

Intel deve investir em chips telefônicos e VoIP

A Jajah atraiu o apoio da Intel para seu projeto de eliminar a distinção entre telefones e PC's. Ela alcançou 2 milhões de usuários com seu serviço de telefonia de longa distância pela Web e cresceu 66% nos últimos 3 meses.

A Intel pretende investir 20 milhões de dólares em um novo serviço, buscando maior integração da telefonia convencional - fixos e celulares - com o VoIP em computadores conectados à Internet. Com um incentivo desta magnitude os fundadores da Jajah acreditam que ela possa chegar logo ao patamar de empresas como Google, eBay e Yahoo. E pode ser que, com essa parceira, a tecnologia de telefonia via Internet seja incorporada aos microprocessadores.

O nome diferente é uma homenagem a Jajah Watamba, o inventor de um rudimentar dispositivo de comunicação à distância, chamado "bullroader", de origem australiana. Os nativos usavam esta ferramenta, feita de madeira e corda, que emitia um ruído característico e podia ser ouvido a quilômetros. Segundo os fundadores, Jajah é perfeito porque não significa nada em nenhum idioma, e é simples e diferente.

A Jajah foi fundada há 4 anos por Roman Scharf e Daniel Mattes. Ao trabalhar com videoconferências, Mattes se deu conta da importância de transmitir voz com qualidade e sem interrupções e resolveu investir numa tecnologia de compressão avançada de sons. Quando conseguiu um ótimo resultado, vendeu sua pequena empresa e se aliou a Scharf e mais três programadores aperfeiçoando o sistema de transporte de chamadas via Internet.

A idéia do serviço é bastante simples: você usa o número de um telefone convencional para "discar" para outro número de telefone em qualquer parte do mundo, ambos podendo ser fixos ou celulares. O sistema transforma a chamada em uma conexão IP imediatamente e usa os próprios aparelhos telefônicos para completar a ligação, ou seja, você tira o fone do gancho e aguarda a outra pessoa atender, como se fosse uma chamada normal.

A enorme diferença está no preço porque, na verdade, a ligação é feita pela Internet via VoIP — os aparelhos de origem e destino são meros instrumentos para a comunicação. Nada é tarifado na companhia telefônica regular, mas todas as ligações são abatidas de créditos comprados antecipadamente. Ainda assim, o custo das ligações acaba ficando, pelo menos, 80% inferior ao cobrado por uma companhia telefônica regular. O único inconveniente é que, como este serviço ainda não está nacionalizado, só é permitida a compra de créditos por transferência bancária para uma das instituições indicadas no site, em uma das 32 diferentes moedas disponíveis.

De qualquer modo, as perspectivas indicam claramente que este tipo de serviço vai impor uma nova realidade ao sistema de tarifação das ligações telefônicas. É só esperar mais um pouco.

Fonte: Plantão INFO - El País
Publicado no jornal O Debate em 25/mai/2007

80% dos usuários de Internet vão "viver" em mundo virtual

De acordo com as previsões do Gartner Group, cerca de 80% dos usuários de Internet vão participar de um mundo virtual até 2011 — não especificamente o "Second Life". As empresas devem explorar melhor esta tendência.

Esta "segunda vida" não se limita a um jogo de computador; pode ser muito mais do que isso. À primeira vista, uma empresa pode acreditar que essa nova tecnologia não traz nenhum tipo de benefício, mas é um ledo engano, segundo a avaliação dos pesquisadores do Gartner. E quem começar a investigar e fazer experiências com esta outra forma de relacionamento agora, pode obter grande êxito nos aspectos que dependem de atuação colaborativa, trabalhos em equipe, práticas comunitárias, e muito mais.

Entretanto, qualquer investimento precisa ter limites até que o ambiente esteja maduro e estável. Empresas multinacionais já usam o mundo virtual para qualificar pessoal à distância, para testar a aceitação de um novo produto, ou para fazer simulações e definir estratégias antes que elas sejam implantadas no mundo real. Algumas atividades representam redução de custos, mas nenhuma grande ação, até o momento, em algo verdadeiramente lucrativo e livre de especulação.

É preciso ter a nítida compreensão de que, por trás de cada "avatar" (personagem criado no mundo virtual) existe uma pessoa de carne e osso, com opinião própria, aspectos culturais, preferências e comportamento desenvolvidos no mundo real. As atitudes podem variar conforme a índole e intenção de cada um. As regras para a convivência neste outro mundo ainda não são sólidas.

O planejamento para uma investida dessa natureza deve ser muito bem feito. Quem conseguir se firmar nesse meio antes dos concorrentes, participando de forma relevante e agregando valor ao seu produto ou serviço, certamente pode tomar o rumo de um futuro promissor. Mas o próprio Gartner alerta que não adianta pensar em lucro num universo virtual pelos próximos 3 anos.

Fonte: IDG Now!
Publicado no jornal O Debate em 25/mai/2007

sábado, 12 de maio de 2007

Impressora faz cópias 3D de objetos em plástico

A Desktop Factory, uma empresa norte-americana, fabrica uma impressora capaz de fazer cópias 3D de objetos a um custo que pode ser usada até mesmo por usuários domésticos nos próximos quatro anos.

O anúncio feito pela empresa, uma companhia da IdeaLab, promete uma prototipagem rápida de quaisquer objetos usando plástico. O primeiro modelo chegou ao mercado com custo um pouco elevado. Em, no máximo, quatro anos, a companhia estima que o custo vai cair para cerca de 20% do valor atual, segundo reportagem publicada no jornal norte-americano New York Times.


Impressoras 3D, na verdade, não são novidades. Elas são usadas, há tempos, pela indústria para testar peças de vários produtos antes de entrar em produção. Mas nenhuma delas, até agora, tinha tamanho e preço capazes de levá-las para dentro das residências, pois a impressora 3D é parecida com uma comum a laser e pode caber em qualquer mesa.

De acordo com a reportagem do New York Times, as impressoras 3D montam um objeto a partir de uma disposição de partículas de um material, construindo modelos em uma pilha de camadas muito finas e, assim, formando uma cópia real.

Fonte: IDG Now! - New York Times
Publicado no jornal O Debate em 12/mai/2007