quarta-feira, 20 de junho de 2007

Uma Polaroid que não precisa sacudir para ver a foto

A partir de 2008 deve estar disponível no mercado uma câmera digital com impressora embutida — uma versão atualizada das conhecidas câmeras Polaroid — usando um papel especial que reage ao calor e imprime sem usar tinta.

As empresas Polaroid e Zink vêm trabalhando no desenvolvimento de uma câmera digital que também pode imprimir instantaneamente as fotos tiradas. O nome Polaroid dispensa apresentações; Zink vem de "zero ink", ou seja, sem tinta, e é uma empresa que cria produtos com o mesmo conceito de rapidez de obtenção do resultado das antigas Polaroid — daí a parceria bem sucedida.

As empresas ainda estão desenvolvendo o produto final, mas a tecnologia de uso de impressoras tão pequenas que possam ser acopladas junto a câmeras ou celulares já existe e é fruto do trabalho da Zink. A impressora portátil se conecta a qualquer equipamento que possua conexão USB ou Bluetooth.


Para que as fotos saiam coloridas é usado um tipo de papel sensível ao calor; os correspondentes a "cabeças de impressão" ajustam cada ponto da imagem no papel para a cor correta, em diferentes temperaturas. O funcionamento é semelhante ao de impressoras térmicas de alta qualidade, só que em tamanho bastante reduzido. E, se você não gostar da impressão, pode usar o papel novamente, porque ele é reciclável.

A idéia é fazer chegar ao mercado um produto de qualidade e barato, acessível ao consumidor padrão de câmeras digitais e celulares com este recurso. Na verdade, a Zink até já possui o produto pronto, mas tudo indica que a parceria entre as duas empresas aposta na "Polaroid do futuro".

Fonte: Terra - Digital Drops
Publicado no jornal O Debate em 20/jun/2007

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Há 50 anos a primeira imagem digital era apenas um bebê

Hoje vemos imagens geradas por câmeras digitais, celulares, scanners, satélites, sondas espaciais, códigos de barras, etc. e nem imaginamos que há 50 anos tudo começou com o rosto de um bebê.

A primeira imagem considerada "digital" nasceu do interesse de um americano que teve a idéia, em 1957, de fazer com que os computadores pudessem "olhar para as imagens". Russell Kirsch, considerado um dos pioneiros da computação, trabalhava no National Bureau of Standards (NBS, atualmente National Institute of Standards and Technology, ou NIST) e, juntamente com outros colegas, construiu um certo tipo de scanner com um tambor rotativo. A mesma equipe já tinha desenvolvido o Standards Eastern Automatic Computer (SEAC), considerado o primeiro computador programável.

Eles conseguiram fazer com que a máquina pudesse traduzir uma imagem em códigos numéricos e, assim, pudesse ser armazenada digitalmente num computador. A primeira imagem possuía apenas 176 pixels (picture cells), um formato de 5 x 5 cm, elevado índice de granulação, e tinha sido gerada a partir de uma foto do filho de Kirsch de apenas 3 meses de idade, chamado Walden.


Independente da qualidade baixa daquela foto em preto e branco, a experiência abriu caminho para o tratamento digital de tudo o que se relaciona com imagens nos computadores e equipamentos eletrônicos atuais.

Em 2003, a revista Life escolheu a foto digitalizada do filho de Kirsch como uma das "100 fotografias que mudaram o mundo". Atualmente, Kirsch vive com sua esposa Joan, que estuda a história da arte, em Oregon, nos Estados Unidos. Walden, cujo rosto marcou o início da era da fotografia digital, trabalha na área de comunicação da Intel.

Fonte: IDG Now!
Publicado no jornal O Debate em 04/jun/2007